A sonda começou a ter falhas no propulsor logo após ter sido lançada na semana passada na Flórida e, apesar dos engenheiros terem conseguido estabilizar a situação, o rompimento do tanque oxidante impediu que os seus painéis solares se mantivessem direcionados para o Sol, inviabilizando uma aterragem segura na superfície lunar. A Astrobotic, então, decidiu destrui-la para que ela não ficasse vagando no espaço, evitando assim qualquer risco de colisão. A sonda provavelmente atingirá a atmosfera da Terra sobre o sul do Oceano Pacífico por volta das 18h, hora de Brasília.
A Peregrine foi lançada em 8 de janeiro na primeira missão do Vulcan Centaur, o novo e poderoso foguete da United Launch Alliance. O módulo de pouso estava transportando 20 cargas úteis para uma variedade de clientes, incluindo a NASA, que colocou cinco experimentos científicos a bordo por meio de seu programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS). Além destas cargas, ela também estava transportando restos humanos na forma de cápsulas memoriais desenvolvidas pelas empresas Celestis e Elysium Space.
O fracasso da missão, conforme comunicado pela Astrobotic e a NASA, era de certa maneira esperado, dado o risco elevado de seu desenvolvimento. O CLPS é um grande movimento comercial, e será continuado em fevereiro com o lançamento da missão IM-1 Nova-C da empresa privada Intuitive Machines, que também buscará o pouso suave na Lua. Além disso, no segundo semestre, a Astrobotic fará sua segunda tentativa rumo à Lua: a missão Griffin, uma grande sonda de pouso a ser lançada de um grande foguete Falcon Heavy da SpaceX para levar até o pólo sul lunas o rover VIPER.
